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Folhapress

Em votação apertada, PT decide concordar Baleia Rossi, candidato de Maia, na eleição da Câmara

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A bancada do PT, a maior da Câmara, com 52 deputados, decidiu nesta segunda-feira (4) concordar a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) ao comando da Lar. Ele é o candidato do atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em reunião da bancada feita por videoconferência, a maioria dos deputados petistas votou pelo pedestal ao candidato emedebista. O placar, no entanto, foi apertado: de 27 votos em prol e 23 por uma candidatura própria ou por mais tempo para discussão. No final da tarde, o PT decidiu que o pregão de base será feito em conjunto com PSB, PDT, PC do B e Rede nesta quarta-feira (6), durante o lançamento solene da candidatura de Baleia na Câmara. O pedestal do PT é reconhecido até mesmo por integrantes do Palácio do Planalto porquê um revés para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ele apoia o nome do principal competidor de Baleia, o líder do centrão, Arthur Lira (PP-AL). Agora, Baleia tem trabalhado para atrair até quarta-feira o espeque também do PSOL, cuja bancada é formada por dez deputados. A tendência mais poderoso da sigla, no entanto, é lançar candidatura própria, apesar de possuir dissidências internas. Ao Pintura, a líder do partido na Câmara, Sâmia Bonfim (SP), classificou Lira porquê um “risco real”. “Acho ruim o PSOL ser identificado porquê a sigla que não atuou ativamente para derrotá-lo.” O candidato de Maia também tem dialogado com o Solidariedade, que indicou espeque a Lira. A bancada do partido deve fazer novidade reunião na semana que vem. Porquê há também dissidências internas, há chance de mudança de posição. Com a decisão do PT, Baleia conta agora com o espeque de um conjunto de partidos que soma 278 parlamentares. Já Lira tem o respaldo de siglas que totalizam 206 deputados. Para vencer a eleição, marcada para o início de fevereiro, é necessário ter ao menos 257 votos. A sinalização de escora, no entanto, não significa a adesão completa da bancada da sigla à placa eleitoral. Isso porque elas só se tornam oficiais em seguida o registro da candidatura, na véspera da votação, e as legendas podem mudar de posição até lá. Aliás, o voto é secreto, podendo possuir traições de deputados à decisão solene da bancada. Nos bastidores, por exemplo, já são contabilizadas traições em legendas porquê PSL, PC do B e até mesmo no PT, entre aqueles que votaram contra o base a Baleia. No ano pretérito, o PSL suspendeu 12 deputados ligados ao presidente Bolsonaro em meio ao racha da legenda. Esses parlamentares, entre eles Eduardo Bolsonaro (SP), devem votar em Lira para a presidência da Câmara. Com a decisão do PT, a expectativa é de que a legenda indique o primeiro vice-presidente ou o primeiro secretário na placa de Baleia. O conciliação interno é para que o nome escolhido não seja da tendência Construindo um Novo Brasil, já que o posto de líder da legenda já é hoje ocupado pelo grupo majoritário. Em nota, o PT afirmou que decidiu concordar Baleia por justificação de compromissos firmados por ele em reunião com o conjunto de oposição. Segundo a legenda, ele sinalizou a “resguardo da democracia, da independência do Poder Legislativo e de uma agenda legislativa que contemple direitos essenciais da população”. O partido listou, entre outros pontos, que Baleia sinalizou que pautará projetos que garantam o aproximação universal à vacina contra a Covid-19, a ampliação do Bolsa Família, a geração de serviço, o término do arrocho salarial e a tributação sobre a renda dos mais ricos. ”A bancada do PT decidiu concordar a candidatura de Baleia Rossi e apresentou uma tarifa de reivindicações que passam pela vacinação para todos, a renovação do auxílio emergencial, o término das privatizações e o impeachment do presidente [Bolsonaro]”, disse o deputado federalista Paulo Teixeira (PT-SP). A sigla ressaltou ainda no documento que a confederação com o MDB é necessária para “derrotar as pretensões de Jair Bolsonaro de controlar a Câmara dos Deputados” e fez questão de salientar que diverge politicamente e ideologicamente de outros partidos que fazem secção do conjunto construído por Maia. ”O PT tem bastante evidente que a associação com partidos dos quais divergimos politicamente, ideologicamente e ao longo do processo histórico se dá exclusivamente em torno da eleição da Mesa Diretora da Câmara, não se estendendo a qualquer outro tipo de entendimento, muito menos às eleições presidenciais”, disse. A disputa presidencial de 2022 foi citada no documento depois entrevista concedida por Maia ao jornal Folha de S.Paulo, em dezembro, ter causado irritação na bancada petista. O atual presidente da Câmara afirmou que o conjunto de escora a Baleia é um sinal poderoso sobre uma associação de esquerda e meio para a eleição presidencial de 2022. ​O PT, porém, já deixou evidente que pretende lançar candidatura própria. ”Acho que isso é o que esse conjunto mostra, que a gente é capaz, mesmo tendo muitas diferenças em muitos temas, de sentar numa mesa e discutir a nossa democracia e o interesse do Brasil. Eu acho que é um sinal possante de que secção desse conjunto pode estar junto em 2022. Nós demos o grande passo para reduzir de vez a radicalização da política brasileira”, afirmou Maia na entrevista. A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou em seguida a publicação da entrevista que “o PT dialoga para a eleição da Mesa da Câmara porque tem a maior bancada da Lar e responsabilidade com o país. Age para moderar danos. Isso não se confunde com 2022. O projeto de país defendido pela esquerda confronta com a frente eleitoral de agenda neoliberal, que esquece do povo”. No conjunto de pedestal ao candidato do MDB, o PT era a sigla que apresentava mais resistências internas ao contrato. Para integrantes do partido, faltou a Baleia ser mais enfático no compromisso de que respeitará o princípio da proporcionalidade na distribuição de cargos e de que aceitará a convocação de ministros do governo Bolsonaro. Uma parcela da legenda também argumentava que o partido não deveria concordar um candidato de uma sigla que defendeu o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).​ Em encontro promovido com Baleia, na semana passada, partidos de oposição entregaram uma epístola com compromissos que esperam que sejam adotados pelo candidato caso ele seja eleito. Segundo deputados presentes, o emedebista demonstrou disposição de cumpri-los. Um deles é de se posicionar contra “ataques autoritários” de Bolsonaro “que façam apologia da ditadura, da tortura e do talante” e “não pautar projetos de cunho antidemocrático”. O documento também defendia que sejam apreciados decretos legislativos “que visem a impedir que o Poder Executivo exorbite ou desvie de seu poder regulamentar para driblar, esvaziar ou trapacear leis”.



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